terça-feira, 16 de outubro de 2012

Coletânea GTHRR-RS

Prezados Colegas, é com prazer que anunciamos a publicação da primeira coletânea do GTHRR/RS! 

Para acessar o site de vendas das versões impressa e e-book clique em https://clubedeautores.com.br/book/135585--eligioes_e_Religiosidades_no_Rio_Grande_do_Sul

Religiões e Religiosidades no Rio Grande do Sul

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Esta coletânea apresenta artigos de autores integrantes do Grupo de Trabalho de História das Religiões e das Religiosidades, núcleo Rio Grande do Sul (GTHRR/RS), que tem como objetivo congregar e qualificar a contribuição na área de história das religiões e religiosidades. As propostas de análise oferecem reflexões atentas ao contexto teórico dos fenômenos analisados e primam pela sua reflexão pautada por instrumentais teórico-metodológicos essenciais para esse campo de estudos. Sobretudo, as pesquisas aqui apresentadas detêm-se sobre a construção humana dos fenômenos em pauta, evidenciando as tênues linhas de poder simbólico e material que estão incutidas nas várias manifestações religiosas vivenciadas pelo estado. Nesse sentido, a análise é inovadora - mas não somente pelos objetos e pelas abordagens propostas. Também a documentação apresentada é rica e original, pois trata de registro de instituições, de atas de grupos religiosos, de práticas, órgãos de divulgação, discursos, entre outros materiais. Assim, o que ora apresentamos delineia-se a partir de observações e reflexões sobre instituições, devoções e práticas religiosas em nosso estado.


SUMÁRIO

Apresentação

Grupo de Trabalho de História das Religiões e das Religiosidades – Núcleo Rio Grande do Sul (GTHRR/RS)

A Sociedade Espírita Estudo e Caridade: reflexões sobre uma trajetória no espiritismo em Santa Maria - RS
Beatriz Teixeira Weber e Bruno Cortês Scherer

Pobre gente, carente de Deus: as Irmãs Franciscanas no Hospital de Caridade (Santa Maria/RS, 1903 a 1967)
Franciele Roveda Maffi e Vitor Otávio F. Biasoli

A Igreja dos alienados: presença religiosa no Hospital Psiquiátrico São Pedro (Porto Alegre/RS)
Marcelo Xavier Parker

“De fé em fé. De pé em pé”: uma análise sobre as práticas romeiras de Passo Fundo/RS
Gizele Zanotto e Camila Guidolin

Modernização e transformações nos cortejos fúnebres da Irmandade São Miguel e Almas (Porto Alegre, século XX)
Mauro Dillmann Tavares

A justificação e a exaltação das estratégias de evangelização de ordens missionárias: uma análise da revista Misionalia Hispánica (1944 – 1989)
Eliane Cristina Deckmann Fleck

Continuidades e rupturas no campo religioso santa-mariense
Marta Rosa Borin

Maria Degolada: de mulher a santa e de santa a mulher
Carlos Alberto Steil e Rodrigo Toniol

Da experiência no papel à expectativa do fiel: a construção e a espetacularização da devoção à Maria Elizabeth de Oliveira (1965-2011)
Murillo Dias Winter

Irmão Antônio Cechin: uma liderança religiosa na organização comunitária do Bairro Mathias Velho em Canoas – RS
Odilon Kieling Machado

A importância do Bará do Mercado para a comunidade afro-religiosa porto-alegrense
Gabriel de Paula Brasil


Impresso 
R$ 39,49

Ebook (pdf) 
R$ 14,48




Características 
Número de páginas: 306 
Edição: 1(2012) 
Formato: A5 148x210 
ISBN: 978-85-64144-04-0 
Coloração: Preto e branco 
Acabamento: Brochura c/ orelha 
Tipo de papel: Offset 90g




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Release do filme Habemus Papam - por Eliane Silva


Habemus Papam é um filme com argumento, roteiro, produção e direção de Nanni Moretti, que também participa como ator (ele é o psiquiatra ateu!). A história parece começar sinalizando uma inversão do Genesis: uma queda de luz. Na escuridão, um dos cardeais cai um tombo, literalmente vai ao chão. Escuridão e queda! E nem velas podem ser acesas. Por causa dos afrescos do julgamento de Michelângelo!
Quando a luz (elétrica) se refaz, surpreende os cardeais no maior pânico, rezando e suplicando (em silêncio!) a Deus: “Não me escolha Senhor! Não me escolha Senhor! Não me escolha Senhor!” (é que estão todos reunidos na Capela Sistina para escolher o novo Papa, uma vez que o antigo morreu!).
Mas, talvez, por não ter suplicado o suficiente ou com bastante fé, como os demais, a escolha acaba por recair no cardeal Melville. Para alívio de todos os outros (cardeais!). Melville, então, surpreso e sem saída, aceita o novo cargo pela pressão do olhar, da aproximação e da cantoria dos demais. Porém, infelizmente, não consegue evitar um ataque de nervos. Mais do que isso. Berra. Corre. Foge. Os companheiros chamam o médico. Depois um psiquiatra. E o psiquiatra é ateu.
Enquanto isso, o Vaticano comunica ao povo que o novo Papa já se encontra descansando em oração! Alguns que se julgam muito espertos (do povo e da imprensa) juram que o Papa eleito morreu de novo, mais uma vez. De certa forma, é verdade.
Seguem-se mais cenas interessantes. Como a do psiquiatra (que é ateu!), lendo passagens da bíblia para os religiosos e diagnosticando evidentes estados de depressão (nos trechos da bíblia). Ou de Sua Santidade fazendo sessões de terapia na frente de todos os cardeais, porque não é permitido ser de outra maneira. Do psiquiatra alertado para não instar o papa a falar da infância, da mãe ou de seus sonhos. Não pode! Ou quando o próprio Melville (o Papa eleito e que teve o ataque de nervos por isso) constata, andando de ônibus (em fuga do Vaticano!) que aqui fora é outro mundo e tem sido difícil para a igreja compreender certas coisas.
A história termina quando termina o conflito da pessoa do Papa. Ele, finalmente, vestido a rigor, aparece na sacada da Praça para ser saudado pelo povo, mas surpreende a todos com um discurso inédito e às avessas (da “Sandálias do Pescador”, por exemplo) . Ele diz, por fim: não sou capaz de suportar esse papel que me foi confiado, não tenho capacidade de liderar, mas de ser liderado, o guia que vocês precisam não sou eu.